Menu
Padre Marcelo lança livro no DF e critica mistura de política com religião
Novidades
Publicado em 22/11/2016

Foto: Reprodução- ''Não se pode confundir política com religão'' 

Livro 'Ruah' foi escrito em ponte aérea e fala sobre alimentação saudável.
Padre diz que se livrou da depressão sem remédios; lançamento é às 14h.

Distrito Federal>> Portal G1

 

O padre Marcelo Rossi lança nesta terça-feira (22) em Brasília o livro “Ruah”, que aborda a importância de uma alimentação saudável. Em entrevista ao G1, ele afirma que comer bem também tem a ver com religião, que se livrou da depressão sem remédios e que é contra religiosos disputando cargos políticos. O lançamento do livro é às 14h no JK Shopping, em Taguatinga.

A ideia para o livro surgiu durante um voo no ano passado entre São Paulo e Juiz de Fora, em Minas Gerais. Foi necessária só uma hora na ponte aérea para fazer o primeiro esboço do “Ruah”. Em hebreu, a palavra significa “sopro de vida”.

“Eu escrevi porque não aguentava mais as pessoas me dizendo que eu estava muito magro. Eu estava era muito gordo, inchado, por causa dos remédios que tomava durante a depressão. O uso de remédios acabou com meu fígado. Então não podia tomar antidepressivo. Então, eu me libertei da depressão sem ajuda de remédios. Só pela fé.”

Na opinião do padre, comer é sagrado. “Nós temos que cuidar do nosso templo, que é nosso corpo. E isso começa pela autoestima. Autoestima não é vaidade, é saúde”, continuou o padre, formado em educação física e ex-fisiculturista.

Ele conta que, a princípio, as pessoas não entenderam a mensagem que queria passar no livro. “No início, acharam que o padre estava doido. Não quero ser nem chef nem nada. Só quero mostrar coisas importantes, por exemplo, que é preciso cortar o sódio da alimentação. É um grande vilão.”

O padre foi um dos primeiros a se dedicar a uma carreira artística. Desde 1998, gravou pelo menos nove discos. Seguindo o exemplo dele, diversos outros líderes religiosos se lançaram no setor. Na lista, estão o padre Fábio de Melo e a pastora Aline Barros.

“Não tem concorrência entre a gente. Tem que desbravar [esse meio]. Segui orientações do papa João Paulo II. Tem até uma história engraçada que uma vez fiz um filme e cheguei até a entregar um DVD pirata para ele porque ainda não tinha saído”, relembra o padre, que pretende lançar um outro livro em agosto de 2017. O tema não foi revelado. "Vai ser um livro sobre conversão radical."

Questionado pelo G1, ele rechaça a ideia de que um dia possa se candidatar a um cargo político. “Sou totalmente contra. Eu larguei tudo para ser padre, então é uma missão. Portanto, não dá para fazer o caminho inverso porque é olhar para trás. Está errado, é manipulação”, disse o padre.

“Acham que vão ajudar, mas não vão ajudar em nada. Tem pessoas laicas capacitadas para isso. Nossa missão é espiritual. No fundamentalismo, a pessoa é capaz de matar em nome de Deus. Então, não se pode confundir religião com política.”

 

Comentários
Comentário enviado com sucesso!