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Do DF, Scalene e Hamilton de Holanda vencem Grammy em Las Vegas
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Publicado em 18/11/2016
Integrantes do Scalene, banda de Brasília vencedor ao Grammy (Foto: Breno Galtier/Divulgação)
 
Banda levou troféu de 'melhor álbum de rock em língua portuguesa', por 'Éter.
Bandolinista ganhou como 'melhor álbum instrumental' por 'Samba de Chico'.
 
Distrito Federal>> Portal G1
 
Reprodução de tweet com anúncio do prêmio de melhor álbum de rock em língua portuguesa para Scalene, por Éter, e Ian Ramil, por Derivacivilização (Foto: Twitter/Reprodução)
Reprodução de tweet com anúncio do prêmio de "melhor álbum de rock em língua portuguesa" para Scalene, por "Éter", e Ian Ramil, por "Derivacivilização" (Foto: Twitter/Reprodução)

Brasília tem dois representantes entre os vencedores do Grammy Latino 2016. A banda Scalene levou o prêmio na categoria "melhor álbum de rock em língua portuguesa", pelo disco "Éter". O bandolinista Hamilton de Holanda venceu como "melhor álbum instrumental" por "Samba de Chico". A solenidade de entrega acontece na noite desta quinta-feira (17) em Las Vegas.

O Scalene dividiu o prêmio com Ian Ramil, que concorreu com “Derivacivilização”. Os outros indicados foram Boogarins, com “Manual”, Jay Vaquer, com “Canções de exílio”, e Versalle, com “Distante em algum lugar”.

Holanda disputou com Víctor Biglione, que concorre com o álbum "Mercosul", João Donato, com "Donato elétrico", Carlos Franzetti, com "Argentum", e Bruno Miranda, com "Mosaico".

Outros brasileiros levaram as estatuetas. Entre os ganhadores, Elza Soares venceu como "melhor álbum de música popular brasileira", por "A mulher do fim do mundo"; Martinho da Vila, como "melhor disco de samba/pagode" por "De bem com a vida"; Céu venceu como "melhor disco de pop contemporâneo em língua portuguesa", por "Tropix"; e Djavan, como "melhor canção em língua portuguesa, pela música "Vidas pra contar".

'Profecia'
A participação da banda no maior prêmio da música latina acabou sendo uma "profecia" dos próprios músicos. “Quando a gente tinha acabado de começar, a gente tinha acabado de lançar o primeiro EP e era a formatura do Gustavo [Bertoni, guitarrista e vocalista] no colégio, e foi todo mundo para a festa arrumado, bonitão", brincou o baixista Lucas Furtado.

Capa do álbum Éter, do Scalene, indicado ao prêmio Grammy Latino 2016 (Foto: Reprodução)
Capa do álbum Éter, do Scalene, vencedor do
prêmio Grammy Latino 2016 (Foto: Reprodução)

"E a gente ficou no twitter brincando que a gente estava no Grammy Latino. Fez um live tweet tirando foto, jantando, falando ‘caraca, coquetel aqui no Grammy Latino é muito legal’, e a gente foi tirando fotos focadas numa galera que estava sentada assim”, disse.

A banda de Brasília foi formada em 2009 por quatro amigos de infância: Lucas e Gustavo têm a companhia de Tomás Bertoni (guitarra/teclado) e Philipe Nogueira (bateria). O grupo atua profissionalmente há quatro anos e tem como um dos momentos mais marcantes até o momento a participação no festival Lollapaloosa, em março de 2015, em São Paulo.

“Foi um convite da produção do evento e uma experiência ótima”, afirmam os músicos. O Scalene também já se apresentou no South by Southwest, no Texas, Estados Unidos. O nome da banda foi escolhido a partir de um livro.

“Quando a gente começou, estava animado para fazer show, só que a gente não pensou em um nome. Estávamos procurando um nome que soasse bem e pegamos um livro. Scalene – palavra derivada de escaleno – emplacou de cara. Foi meio num impulso, mas, deu certo”, afirma o baixista Lucas Furtado.

No programa SuperStar, a banda chegou a bater recorde de votação, ao atingir 89%. O Scalene escolheu o cantor Paulo Ricardo como padrinho e recebeu a aprovação dos três jurados ao tocar a música autoral “Surreal”, faixa do álbum “Real/surreal”, primeiro da carreira, lançado em 2013.

A banda tem como referências estilos que vão do folk até o rock, mas procura não se apegar a rótulos. “Fazemos e tocamos músicas que gostaríamos de ouvir”,  diz o vocalista Gustavo Bertoni, responsável pelas melodias das composições.

Hamilton de Holanda é a segunda atração a se apresentar no Farol da Barra, nesta sexta. (Foto: Elias Dantas/Agência Haack)
Hamilton de Holanda, músico de Brasília que levou o Grammy Latino 2016 pelo álgum "Samba de Chico" (Foto: Elias Dantas/Agência Haack)

Ao todo, o grupo já gravou dois álbuns de estúdio, três EPs e um DVD, o recém-lançado “Ao vivo em Brasília”. O registro foi feito na Arena Lounge do Estádio Nacional Mané Garrincha. Atualmente, a banda conta com um músico de apoio, o percussionista, tecladista e guitarrista Samyr Aissami.

O repertório da apresentação teve músicas dos discos já gravados, como “Histeria” e “Surreal”, “Amanheceu”, “Legado”, “Inércia”, “Entrelaços” e “Danse macabre”, e a inédita “Vultos”, escrita exclusivamente para o DVD.

A ideia da banda quando gravou o DVD foi reunir fãs e parceiros que estiveram presentes desde o começo da carreira.

SuperStar
A apresentação de "Surreal" no SuperStar rendeu elogios dos jurados à banda. Paulo Ricardo foi o primeiro a aprovar a performance. “Sensacional. Estão prontos. A canção surpreende a cada parte e a sonoridade é perfeita. Já são Superstars”, disse.

Thiaguinho concordou com ele. “A gente percebe que estão fazendo um som com a cara deles. Eu gosto de fazer o que vocês fazem na minha música, que é dar uma tensão no início e crescer depois.”

“Adorei e adoro esse tipo de rock. Me pega muito no coração e eu senti um pouco de Coldplay e do rock britânico, que eu também adoro. Vocês estão de parabéns”, afirmou Sandy.

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