Foto: Reprodução- João Miranda foi morto na porta de casa com 13 tiros
Douglas Ferreira de Morais foi preso em 27 de julho, três dias depois do crime. O suspeito era chefe da segurança do prefeito do município, Itamar Lemes Prado. Nesta sexta-feira (28/10) a Justiça de Santo Antônio do Descoberto autorizou a liberdade do preso
Cidades-DF>> Correio Braziliense
Três meses após o assassinato do jornalista João Miranda do Carmo, 54 anos em Santo Antônio do Descoberto, o Tribunal de Justiça de Goiás concedeu a soltura de Douglas Ferreira de Morais, preso em 27 de julho, três dias depois do crime. O suspeito era chefe da segurança do prefeito do município, Itamar Lemes Prado, e, segundo as investigações, dirigia o carro usado para cometer o homicídio, um Fiat Pálio Vermelho. Nesta sexta-feira (28/10) a Justiça de Santo Antônio do Descoberto, distante a aproximadamente 49 quilômetros de Brasília, autorizou a liberdade do preso.
A Polícia Civil de Goiás trabalha com a hipótese de crime encomendado, possivelmente envolvendo adversários políticos, ou vingança. Em agosto, policiais também já tinham prendido Rooney da Silva Morais, filho de Douglas. A investigação está em andamento em Águas Lindas (GO), com o delegado Fernando Augusto Lima da Gama.
Em 18 de outubro mais dois homens foram presos: Ricardo Pereira Pinto, ex-funcionário da prefeitura local; e Bruno Timóteo, motorista do então prefeito Itamar Lemes Prado. Investigadores ainda procuram uma quarta pessoa.
O jornalista João Miranda era opositor de Itamar e fazia denúncias contra a gestão do então prefeito em um site que mantinha, o SAD Sem Censura. Ele também postava notícias sobre a violência e o tráfico de drogas na cidade.
Ele também era funcionário e amigo próximo do vice-prefeito, Valter da Guarda Mirim, e já se queixava de ameaças. Poucos dias antes do crime, postou em uma página do Facebook um vídeo que mostrava o prefeito dando dinheiro para uma secretária em frente ao Fórum de Santo Antônio do Descoberto. Ele também teve o carro incendiado em 2014.