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Estudante de Ceilândia é símbolo de nova campanha da ONU
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Publicado em 26/10/2016

Foto: Reprodução

Excelente aluna e fã de matemática, a estudante é exemplo de como as garotas de 10 anos podem ajudar o desenvolvimento global 

Cidades-DF>> Correio Braziliense

 

"Toda criança tem um sonho, e todas precisam de ajuda para realizá-lo. Mas precisamos de oportunidade e de apoio dos adultos, que têm mais experiência na vida." Essas são as palavras de Samantha Borges, a garota da Ceilândia de 10 anos retratada no relatório "10 — Como nosso futuro depende de meninas nessa idade decisiva", lançado nesta quarta-feira 26 pelo Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA).

O documento apresenta estratégias para que os países implementem políticas públicas focadas em meninas de 10 anos, empoderando essas crianças em uma fase crucial do seu desenvolvimento e trazendo também benefícios sociais e econômicos para as nações. No relatório, o perfil de 10 meninas de diferentes partes do mundo é traçado, incluindo o de Samantha.

Apaixonada por esportes, a garota faz aula de judô e divide o tempo livre com o skate e o futebol. As tardes ficam por conta da escola, um de seus lugares favoritos.

 

"Eu adoro ir pro colégio e estudar. Sempre que chego em casa, estudo ao menos uma hora por dia"
Samantha Borges, estudante

 

Menina dedicada


A matemática é a matéria favorita. Apesar da pouca idade, Samantha acumula quatro prêmios escolares: ganhou medalhas de ouro de estudante destaque por ter todas as notas acima de 9. As paixões da menina incluem ainda ler e jogar xadrez. A obra "Diário de um Banana" está entre as suas preferidas. Já o jogo de tabuleiro, temido por alguns, é "fácil" para a pequena, que tira de letra as estratégias e o raciocínio lógico exigido pela brincadeira.

Sonhadora, Samantha quer conhecer o mar do Rio de Janeiro. E, para o futuro, já tem planos certos: "Eu vou ser policial civil. Mas também pode ser que eu vire professora de educação física".

Questionada sobre quem é seu ídolo, a menina é enfática: "Minha mãe". Sandra Mota, 39 anos, conta que a filha estuda na Escola Regional da Ceilândia desde os 4 anos. Orgulhosa, ela ressalta o talento e a disciplina da garota. "Minha mãe não me incentivou a estudar todos os dias, mas sei que isso deve ser uma prioridade. Ensinei isso a ela desde criança e acredito que ela vá levar isso pra vida", conta Sandra. Emocionada, ela acredita que a pequena Samantha vá colher frutos por ser esforçada: "Ela terá um futuro brilhante pela frente".

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