Governador Rodrigo Rollemberg e bombeiros analisam situação de casa destruída por temporal em Samambaia (Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Ventania derrubou postes, quebrou telhas, derrubou árvores e deixou feridos.
Defesa Civil montou posto de atendimento; famílias serão assistidas, diz GDF.
Distrito Federal>> Portal G1
Vinte e uma mil casas ficaram sem luz e pelo menos mil tiveram alguma parte destruída em Samambaia após o temporal que atingiu a região do Distrito Federal na noite desta quarta-feira (19). A ventania, que durou menos de 15 minutos, foi capaz de destruir postes de energia, quebrar telhas de casas e derrubar árvores. Às 7h33 desta quinta, a CEB tinha informado que 9 mil casas permaneciam sem energia.
Por volta de 1h desta quinta (20), o governador Rodrigo Rollemberg visitou a área atingida. Na ocasião, ele informou que 15 mil residências estavam sem energia. Ele prometeu que iria prestar apoio às famílias e reforçar o policiamento por causa da falta de luz. “A Defesa Civil vai orientar essas pessoas com relação à segurança das suas casas”, afirmou o governador. Segundo ele, os órgãos de assistência do governo devem avaliar caso a caso se as famílias necessitam de algum benefício.
Um centro de apoio foi montado pela Defesa Civil na quadra 115 de Samambaia Sul, para que os moradores procurem os agentes. O espaço foi instalado do lado a um Centro de Atenção Integral à Criança (Caic), cujo muro da frente caiu.
Uma igreja da quadra 425, onde estava havendo culto na hora da ventania, foi o prédio mais atingido, segundo os bombeiros. Uma mulher ficou ferida, mas ela foi socorrida sem gravidade. A situação obrigou os moradores a sair das casas vizinhas por risco de desabamento. Segundo os bombeiros, um homem de 32 anos foi levado consciente ao Hospital Regional de Ceilândia com fratura no braço e escoriações.
“Nesse primeiro momento, vamos fazer uma avaliação prévia juntamente com a Defesa Civil e as casas em que encontrarmos algum tipo de dano estrutural, a Defesa Civil vai fazer a interdição e a realocação dos moradores, principalmente em casa de parentes ou vizinhos próximos”, afirmou o coronel Alan Araújo, porta-voz do Corpo de Bombeiros. A corporação não sabia estimar a quantidade total de pessoas feridas.
Na opinião do policial militar Wesley Rodrigues, que mora na região, ele testemunhou “um inferno na terra”. “[Você] Não tem noção do barulho que foi um poste de concreto caindo na frente da sua casa. Te assusta. Um poste, uma árvore, relâmpago e os pipocos das fiações elétricas. Foi complicado, triste.” Uma árvore acabou caindo em cima do carro dele.
As aulas ficam suspensas em uma creche da quadra 419, que teve o muro derrubado. “Quebrou muita telha”, disse um vizinho. “Aqui já tem muita falta de creche. A única que tem para suprir está agora desse jeito. Agora com ele [meu filho] em casa, vai ficar mais difícil ir atrás de emprego”, reclamou a dona de casa Jaqueline Alves.