Menu
Chuva desta terça-feira não muda cenário de crise hídrica, garante Adasa
Novidades
Publicado em 04/10/2016

Foto: Reprodução

De acordo com a Superintendência de Recursos Hídricos da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa), para que haja alguma mudança significativa no nível dos reservatórios seria preciso, pelo menos, 15 dias seguidos de tempestades

 

Cidades-DF>> Correio Braziliense

 

No que depender das previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a quarta-feira (5/10) terá chuva forte novamente no Distrito Federal. E quinta-feira (6/10) também. Depois do pé d’água que pegou muitos brasilienses de surpresa durante quase todo o dia, uma parte da população começa a achar que a crise hídrica pode estar perto de acabar.

 

Os que pensam assim podem tirar o cavalinho da chuva. De acordo com a Superintendência de Recursos Hídricos da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa), as precipitações não foram suficientes para causar uma alteração no quadro: para que haja alguma mudança significativa no nível dos reservatórios será preciso, pelo menos, 15 dias seguidos de tempestades.

Tanto que, nesta terça-feira (3/10), o volume útil da Barragem do Descoberto diminui outra vez, cravando 32,01%. O mesmo aconteceu em Santa Maria, que ficou em 46,89%. Mesmo assim, é preciso comemorar. Professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB) e doutor em recursos hídricos, Sérgio Koide explica que, como os solos estavam muito secos, essa água infiltrou-se e vai chegar até os lençóis freáticos.

“Porém, para que faça alguma diferença em um reservatório tão grande quanto o Descoberto, é necessário um volume de chuvas bastante grande. Caso chova intensamente nos próximos dias, parte dessa água escorre para os rios e isso irá ajuda na vazão.” Segundo a meteorologista Maria das Dores de Azevedo, do Inmet, a expectativa é que a quarta tenha alta nebulosidade e trovoadas, mas as chuvas devem cessar na sexta-feira. “Não há previsão também para o fim de semana.”, frisa.

 

A Adasa afrima que, por conta dessa intermitência, não há como prever quando um dos reservatórios chegará aos 25% de volume útil, percentagem na qual começará a ser cobrada a tarifa de contingência — taxa que vai ser aplicada a todo consumidor que usar mais que 10 mil litros de água por mês e deve deixar a conta 20% mais cara. Por isso, alerta a agência, o uso racional deve ser estimulado com ainda mais intensidade.

Comentários
Comentário enviado com sucesso!