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Negociação salarial voltou 'à estaca zero', dizem bancários em greve no DF
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Publicado em 22/09/2016

Agência na avenida Araucárias, em Águas Claras, amanheceu com cartazes indicando greve dos bancários, iniciada na terça-feira (6) (Foto: Lucas Nanini/G1)

 

Paralisação completa duas semanas nesta terça, sem previsão para acabar.
Categoria rejeitou duas propostas dos bancos e espera mais negociações.

Distrito Federal>> Portal G1

 

O Sindicato dos Bancários do Distrito Federal informou nesta terça-feira (20) que, duas semanas após o início de uma paralisação nacional, as negociações da categoria com a Federação Nacional do Bancos (Fenaban) "voltaram à estaca zero". A última rodada de discussões foi há uma semana, no dia 13.

Nenhum acordo foi feito, e não havia novas reuniões marcadas até esta terça. "Estamos esperando [a Fenaban] nos chamar para negociar e apresentar uma proposta mais aceitável", informou o sindicato.

Os bancários reivindicam reajuste salarial de 15%, sendo 10% para reposição da inflação e 5% de aumento real. A última proposta da Fenaban previa o reajuste de 7% no salário, Participação nos Lucros e Resultados e abono de R$ 3,3 mil – o pacote foi rejeitado.

Com a manutenção da greve, 83% das agências de Brasília seguem paralisadas, segundo balanço desta segunda (19) do sindicato da categoria. O DF tem cerca de 800. No Brasil, das 22.676 unidades bancárias, 13.071 mil continuam paralisadas.

"Como ela [a proposta] foi rejeitada pelo comando e nenhuma rodada foi marcada, ficou tudo na mesma. A greve continua", informou o sindicato.

Além do reajuste, a categoria reivindica a valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) - o piso atual é de R$ 1,9 mil -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de melhores condições de trabalho.

Proposta rejeitada
A categoria havia rejeitado a primeira proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, Participação nos Lucros e Resultados e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.

Em nota, a Fenaban explica que o aumento composto por abono e reajuste sobre o salário "é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira".

Serviços mantidos
Com o atendimento físico afetado pela greve, os clientes podem fazer saques, transferências e outras operações por canais alternativos. Como opções, há caixas eletrônicos, internet banking, aplicativos no celular (mobile banking), telefone, casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos credenciados.

As lotéricas da Caixa e todos os estabelecimentos com o selo "Caixa Aqui" recebem contas de água e de luz, o pagamento de impostos e boletos, prestação de habitação, saques em conta corrente e depósitos, e pagam benefícios sociais, como Bolsa Família, Seguro Desemprego e FGTS.

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