João Miranda do Carmo é morto a tiros em Santo Antônio do Descoberto (Foto: Reprodução/Facebook)
Corporação diz que rapaz é filho de servidor público preso 3 dias após crime.
Investigação aponta que ele foi o autor dos tiros e teve o apoio do pai.
Goiás>> Portal G1
A Polícia Civil prendeu um segundo suspeito de envolvimento na morte do jornalista e pré-candidato a vereador João Miranda do Carmo, em Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do Distrito Federal. Segundo a corporação, se trata de Rooney da Silva Morais, de 22 anos, que é filho do servidor público Douglas Ferreira de Morais, de 40, preso três dias após o crime.
O jornalista foi morto dentro de casa no dia 24 de julho, com 13 tiros. A maioria dos ferimentos foi nas costas, pernas, tórax e braços. As principais linhas de investigação são de que o crime tenha sido por vingança ou por motivação política.
Para o delegado Fernando Gama, titular da Delegacia Regional de Águas Lindas, as investigações apontam que Rooney foi o responsável pelos disparos que mataram João e teve ajuda do pai, que conduzia um Fiat Palio Vermelho visto por testemunhas no local do crime.
Ainda segundo a polícia, Rooney foi detido na casa da avó, em Santo Antônio do Descoberto, em cumprimento a um mandado de prisão temporária. Já Douglas teve o pedido de prisão preventiva prorrogado. Ambos os suspeitos negam envolvimento no crime.
A Polícia Civil deve apresentar mais detalhes do caso para a imprensa nesta segunda-feira (29).
Ameaças
João trabalhava há 15 anos na cidade, e há quatro tinha um site de notícias locais chamado "SAD Sem Censura". No portal, há várias notícias policiais e outras relacionadas a problemas da cidade, como falta de asfalto e coleta de lixo.
Em 2014, o carro dele foi incendiado. Um amigo do jornalista disse que ele estava recebendo ameaças há seis meses. “Ele relatou que estava sendo ameaçado depois das últimas duas postagens que fez, inclusive nas redes sociais. Ele relatou de forma audível que estava com medo das tantas ameaças que estava recebendo”, disse o estudante Jonas Batista.
Conforme Batista, o servidor público preso por suspeita de ligação com a morte teria ameaçado João antes do crime. As intimidações foram provocadas por vingança em virtude de o profissional noticiar em seu site a prisão do irmão do suspeito.