Cuidados para evitar escorpiões (Foto: Edição de Arte/Agência Brasília)
Garoto seria levado para Hospital de Base, mas morreu antes de transporte.
De janeiro a março deste ano foram registradas 244 ocorrências na capital.
Distrito Federal>> Portal G1
Um menino de 4 anos morreu na manhã desta quinta-feira (19) após ser picado por um escorpião em Planaltina, no Distrito Federal, no dia anterior. Ele recebeu soro antiescorpiônico – para eliminar o veneno e manter a hidratação do corpo – mas morreu depois de diversas paradas cardiorrespiratórias.
A Secretaria de Saúde informou que o menino teve piora no estado de saúde durante a madrugada e foi levado para a UTI do hospital. Por volta de 7h, o Corpo de Bombeiros foi chamado para transferir o garoto para o Hospital de Base, na Asa Sul.
O deslocamento de quase 50 km seria feito de helicóptero, mas quando os bombeiros chegaram ao local, o garoto já havia morrido.
De janeiro a março deste ano, o número de acidentes domésticos envolvendo escorpiões no Distrito Federal cresceu 11,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, apontam dados da Vigilância Ambiental. Nos três primeiros meses do ano, foram 244 ocorrências, contra 219 no mesmo período de 2015. Em todo o ano anterior, foram 914 casos.
Prevenção
O escorpião amarelo é a espécie mais comum encontrada em área urbana no DF e em todo o país. A depender da quantidade de veneno liberada e da idade da vítima, a picada pode ser fatal. O animal tem hábitos noturnos e costuma se esconder em áreas escuras.
Segundo especialistas, uma boa forma de manter a casa livre de escorpiões é manter os ralos dos banheiros fechados. Se não houver um mecanismo próprio, pedaços de borracha ou plástico podem ser usados para vedar o buraco.
Na maior parte dos casos, os sintomas causados por uma picada são apenas locais, como inchaço e formigamento. Nestas ocorrências, o paciente fica em observação no hospital e não precisa tomar o soro escorpiônico. Em alguns casos, no entanto, o veneno pode causar danos ao pulmão e alterar a frequência cardíaca.
Em caso de acidente, o paciente deve lavar bem o local da picada e, se possível, aplicar uma compressa de gelo para aliviar a dor. Em seguida, deve ir a uma unidade de saúde – a exceção é o Hospital de Base, que não tem atendimento de clínica médica.
O Centro de Informações Toxicológicas também oferece esclarecimentos por telefone. O número é o 0800-644-6774.