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Apenas vamos revisar nossos planejamentos, nossos procedimentos, para que identifiquemos eventuais lacunas. Já tomamos algumas providências práticas, objetivas%u201D, disse o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
Mundo>> Correio Braziliense
O atentado na tradicional cerimônia de comemoração da queda de Bastilha, em Nice (França), forçou o governo brasileiro a rever o esquema de segurança montado para as Olimpíadas do Rio, que começam em 21 dias. Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (15/7), no Palácio do Planalto, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, anunciou que vai trocar o “pouco conforto por muita segurança”. O anúncio não previu, porém, aumento no número de homens para a segurança.
“Estamos ainda sob o efeito de choque e das circunstâncias da tragédia que atingiu a França, particularmente Nice, ontem. Desde aquele momento os ministros da Justiça, Defesa e GSI estão trabalhando para que se possamos garantir segurança para os jogos olímpicos”, afirmou. “Isso exige uma série de revisões, uma série de novas providências e exige muito trabalho intenso daqui pra frente para que mantenhamos o nível de segurança”, reforçou.
O general alertou que o pouco conforto nas ruas fluminenses será substituído pelo aumento de barreiras para prover segurança. “É importante que nos ajudem para que a população entenda que vamos trocar um pouquinho de conforto por muita segurança. Volto a repetir o que tenho dito por aqui (...) estamos prontos para os jogos de 2016, não há dúvida. Apenas vamos revisar nossos planejamentos, nossos procedimentos, para que identifiquemos eventuais lacunas. Já tomamos algumas providências práticas, objetivas”, justificou.
Segundo o ministro, neste momento ocorre na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) uma reunião com representantes franceses para buscar mais informações. “Neste momento nosso embaixador na França tem uma reunião para que possamos mandar agente da Abin no prazo o mais curto possível a Paris para que busquemos no terreno as lições aprendidas desta tragédia”.
Em razão do atentado, o presidente em exercício Michel Temer antecipou sua volta de São Paulo – onde passaria o dia hoje para resolver questões pessoais – para participar de uma reunião às 16h com os três ministros responsáveis pelo eixo segurança integradas das Olimpíadas: Defesa, Raul Jungmann; Justiça, Alexandre Moraes e GSI, general Sérgio Etchegoyen.
O general não descartou a possibilidade de atentados terroristas durante as olimpíadas do Rio. “Temos possibilidade de ocorrência no Brasil, como possibilidade em qualquer lugar e considerando as circunstâncias de ocorrência de eventos. Não nos focamos nesta ou naquela organização”, afirmou.
Apesar do alerta, o ministro não falou em aumento de oficiais, mas no “reforço do centro de prontidão federal. “Não há nenhum risco de que nossa segurança seja ultrapassada pelos fatos. Os jogos olímpicos Rio 2016 aumentarão os mesmos níveis de segurança que vinham até aqui. Se precisarmos de mais força nacional de segurança, de efetivo das Forças Armadas. Existe uma estrutura muito grande trabalhando nisso. Existe uma cooperação internacional que se reflete nas reuniões, seminários e que se concretiza no centro de inteligência de serviço estrangeiros”, afirmou o ministro.